Quem já assistiu “Os Jetsons” com certeza já teve vontade de experimentar todas as tecnologias que o desenho mostrava. Fernando Siqueira Carvalho, grande entusiasta do assunto, diz que isso já é minimamente possível. Já pensou em receber uma pizza via drone? Ou quem sabe fazer alguma compra pela internet e um drone aparecer na hora da entrega. Pois é, essa realidade já está quase palpável.
A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) autorizou no final de 2020 que empresas passem a testar seus serviços de entrega com o uso de drones. Apenas uma empresa brasileira foi autorizada pela agência, a Speedbird, que trabalha em conjunto com o iFood, por exemplo. No ano anterior, a Speedbird entrou em contato com a ANAC para solicitar a emissão de um certificado para que os primeiros testes já fossem realizados.
O drone da companhia se chama DVL-1 e foi desenvolvido para fazer entregas de comida. Ele pesa 9 quilos e consegue atingir 32 quilômetros por hora transportando pacotes de até 2 kg. No entanto, Fernando Siqueira Carvalho diz que o operador não precisará ter o VANT em seu campo de visão, por isso o funcionamento será no formado de 2,5 km a partir do ponto de decolagem. Além disso, os colaboradores da Speedbird precisarão seguir as regras já definidas para pilotagem de drone no Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial (RBAC-E) n. 94 da Anac.
Os primeiros testes aconteceram em Campinas, pelo iFood, que instalou uma central, um “droneporte” dentro de um shopping da região para entregar comidas da praça de alimentação. O operador coloca então o pedido no equipamento e vai até outro ponto, para que a entrega seja finalizada por um entregador ou um motoboy. Com isso, a intenção da empresa é diminuir o tempo de entrega de 12 para 2 minutos. Porém, as entregas neste estilo só poderão ser feitas à luz do dia.
Fernando Siqueira Carvalho conta que a logística por trás de tudo isso é, por enquanto, facilitar a vida dos funcionários e dos entregadores, consequentemente dos clientes também, mas que infelizmente ainda não podemos vislumbrar a cena de retirar o pedido diretamente do drone. Os estudos mostram que a operação ainda precisa ser acompanhada por um ser humano, mesmo que remotamente em um trecho.