Quando alguém falece, uma das questões mais importantes é a divisão dos bens deixados. Isto posto, segundo Carlos Alberto Arges Júnior, no Brasil, o direito à herança é regulado por leis que definem quem são os herdeiros e como os bens devem ser distribuídos. Então, seja com ou sem testamento, existem regras que protegem certos familiares, garantindo que recebam sua parte. Ao longo desta leitura, vamos explicar de forma simples quem tem direito à herança, o papel do testamento, o conceito de legítima e as dúvidas mais comuns sobre inventário.
Quem são os herdeiros necessários?
Os herdeiros necessários são aqueles que têm direito garantido por lei a uma parte dos bens do falecido, independentemente da existência de um testamento. De acordo com o advogado Carlos Alberto Arges Júnior, eles incluem os descendentes (filhos, netos), os ascendentes (pais, avós) e o cônjuge. Portanto, a lei protege esses familiares para que não fiquem desamparados após a morte de alguém.

Aliás, mesmo que a pessoa deixe um testamento, ela não pode excluir totalmente esses herdeiros. Por exemplo, se alguém tentar deixar tudo para um amigo em um testamento, os filhos e o cônjuge ainda terão direito a uma parte. Isso acontece porque a lei prioriza a família mais próxima, evitando injustiças na divisão dos bens.
Entendendo o testamento e a sua relação com a legítima
Conforme comenta Carlos Alberto Arges Júnior, o testamento é um documento onde a pessoa define como quer que seus bens sejam distribuídos após sua morte. No entanto, ele não pode ignorar a chamada “legítima”, que é a parte reservada aos herdeiros necessários. A legítima corresponde a 50% do patrimônio, enquanto os outros 50% podem ser livremente distribuídos pelo testamento.
Por exemplo, se uma pessoa tem três filhos e deixa um testamento dando metade de seus bens para uma instituição de caridade, os filhos ainda terão direito aos outros 50%, divididos igualmente entre eles. Dessa forma, o testamento só pode dispor livremente da parte que não está reservada à legítima, garantindo um equilíbrio entre a vontade do falecido e os direitos da família.
Quais são os problemas mais comuns no inventário?
O inventário é o processo legal que formaliza a divisão dos bens após uma morte, como informa o advogado Carlos Alberto Arges Júnior. Tendo isso em vista, um dos problemas mais comuns é a demora, já que o procedimento pode levar meses ou até anos, dependendo da complexidade do patrimônio. Além disso, brigas entre familiares podem surgir, especialmente quando não há um testamento claro ou quando existem bens de alto valor.
Outra dúvida frequente é sobre dívidas: os herdeiros herdam apenas os bens ou também as obrigações? A resposta é que o patrimônio do falecido primeiro é usado para pagar as dívidas, e só depois o restante é dividido entre os herdeiros. Agora, se as dívidas forem maiores que os bens, os herdeiros não são obrigados a pagar do próprio bolso, a menos que tenham assumido a responsabilidade.
Conhecendo seus direitos na herança
Em resumo, o direito à herança é um tema importante e, muitas vezes, delicado. Dessa maneira, saber quem são os herdeiros necessários, como funciona o testamento e o que é a legítima ajuda a evitar conflitos familiares. Ademais, entender o processo de inventário pode tornar tudo mais tranquilo. De qualquer forma, se você ainda tiver dúvidas, o ideal é buscar orientação jurídica para garantir que todos os direitos sejam respeitados.
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Autor: Schiller Mann