O Doutor Marco Antonio Quesada Ribeiro Fortes é médico urologista, graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutorado pela Universidade Federal de São Paulo. Atualmente exerce a função de cirurgião geral, com especialidade em prostatectomia robótica, uma cirurgia minimamente invasiva, contra a cura do câncer de próstata. Com mais de 20 anos de experiência na área, o especialista explica tudo sobre prostatectomia robótica.
Antes do advento da cirurgia robótica de próstata, o tratamento mais utilizado era a cirurgia aberta, que trazia maiores riscos aos pacientes. No entanto, a medicina e outros campos foram contemplados pelos avanços tecnológicos, o que tem permitido a aplicação em larga escala da tecnologia da prostatectomia robótica. Então, a prostatectomia é uma operação para remover completamente a próstata e as vesículas seminais e junto com a radioterapia, representam a principal forma de tratamento do câncer de próstata.
A cirurgia robótica é um tratamento cirúrgico no qual os urologistas utilizam tecnologia laparoscópica (via vídeo) e utilizam um sistema de braço robótico de alta precisão controlado pelo próprio médico por meio de um console instalado na sala de cirurgia. O Mestre e Doutor em urologia Marco Antonio Quesada Ribeiro Fortes diz que o dispositivo pode fornecer aos cirurgiões um campo de visão cirúrgico tridimensional, ampliado e de alta precisão, e a taxa de ampliação da imagem é de até 6 vezes. O sistema robótico também facilita a ampliação dos movimentos da mão humana e ajuda a reconstruir a anatomia em um espaço limitado, como a pelve masculina.
Como funciona a prostatectomia robótica?
A prostatectomia é um tipo de tratamento cirúrgico bem moderno e minimamente invasivo, que requer internação de 2 a 3 dias, em média. A internação e a cirurgia são realizadas no mesmo dia, com um jejum de 8 horas antes. Em casos especiais, a hospitalização pode ser feita no dia anterior. A anestesia é convencional e, em alguns casos, pode ser combinada com a raquianestesia para reduzir a chance de dor pós-operatória. A cirurgia robótica dura de duas a três horas e meia, mas um período de observação adicional de 2 a 3 horas deve ser considerado antes de entrar na sala de cirurgia. O cirurgião fará de 4 a 6 pequenas incisões, de até 3 cm, no abdômen abaixo do umbigo para instalar a pinça conectada ao braço robótico. O Doutor Marcos Antonio Quesada Ribeiro Fortes conta que os homens que conseguem se mover e andar no primeiro dia após a cirurgia, a recuperação geralmente é mais rápida.
Indicações para a cirurgia
Qualquer homem com câncer de próstata local ou localmente avançado (sem metástases para outros órgãos) pode ser submetido à cirurgia robótica. Além disso, homens com disfunção erétil também podem ser submetidos a cirurgia. Embora a cirurgia robótica não possa reverter a função erétil de homens que perderam ou têm dificuldade em obter uma ereção antes da operação, esta tecnologia é benéfica para uma recuperação mais rápida da ereção após a operação. Estudos mostraram que os homens que optam pela cirurgia robótica têm um tempo de recuperação pós-operatório mais curto, quando os nervos que causam ereções ao redor da próstata podem ser preservados.
Benefícios da prostatectomia robótica
Além da visualização em 3D, com alta definição de imagem, a cirurgia para homens com baixa agressividade do câncer e com tratamento nos estágios iniciais, têm as taxas de controle da doença em dez anos, chegando a uma eficácia de 98%. A melhor ergonomia do médico juntamente com a ampliação do campo cirúrgico e a precisão dos movimentos possibilita, também, a reconstrução mais segura e detalhada da ligação do trato urinário, maior preservação do feixe vásculo-nervoso, um dos principais responsáveis pelo mecanismo de ereção e que está em contato íntimo com a cápsula da próstata e a dissecção delicada do ápice prostático, a principal estrutura responsável pela continência urinária.
Para mais informações, consulte o livro “Urologia minimamente invasiva” do Mestre e Doutor em Urologia Marco Antonio Quesada Ribeiro Fortes, que já chegou à sua terceira edição.