No início dos anos 2000, a inteligência artificial (IA) ainda era um conceito emergente, mas já começava a mostrar seu potencial através de plataformas interativas. Dois exemplos notáveis dessa época são o Robô Ed e o Akinator, que, apesar de menos sofisticados que as tecnologias atuais como ChatGPT e Gemini, já permitiam interações significativas com os usuários.
Robô Ed: O Pioneiro Brasileiro
Lançado em 2004 pelo Conpet, um programa da Petrobras, o Robô Ed foi um dos primeiros chatbots brasileiros a utilizar IA. Desenvolvido pela empresa paulista InBot, Ed tinha como objetivo promover o uso racional de combustíveis e a conservação de energia. Utilizando técnicas básicas de processamento de linguagem natural (NLP) e aprendizado de máquina, Ed conseguia responder a cerca de dois mil tipos de perguntas diferentes.
Funcionamento e Impacto
Rodrigo Siqueira, fundador da InBot, explicou que a equipe monitorava as perguntas mais frequentes dos usuários para atualizar e expandir as respostas do Ed. Em seu auge, o Robô Ed chegou a responder até um milhão de perguntas em um único dia. Após 12 anos de atividade, ele foi aposentado em 2016, deixando um legado significativo no uso corporativo de chatbots no Brasil.
Akinator: O Gênio da Internet
Desenvolvido em 2007 por três programadores franceses da empresa Elokence, o Akinator é um jogo online que se tornou um fenômeno global. O “gênio da internet” utiliza um método de questionamento para adivinhar o personagem em que o usuário está pensando, baseando-se em respostas simples como “sim”, “não”, “talvez” e “não sei”.
Popularidade e Evolução
No Brasil, o Akinator ganhou popularidade após ser apresentado no programa ScrapMTV em 2008. O sucesso foi tanto que uma versão em português foi lançada, e o jogo viralizou em 2011 com a chegada dos aplicativos móveis. Utilizando algoritmos de IA e uma vasta base de dados, o Akinator continua a encantar usuários ao redor do mundo.
A Evolução da IA
A fascinação com esses primeiros exemplos de IA não se deve apenas à tecnologia em si, mas à capacidade dessas plataformas de interagir de maneira aparentemente inteligente com os usuários. Enquanto os primeiros chatbots utilizavam bancos de dados e árvores de decisão, as tecnologias atuais, como o GPT-3 e GPT-4, baseiam-se em redes neurais profundas e aprendizado profundo.
Avanços Recentes
O lançamento do GPT (Generative Pre-trained Transformer) em 2018 marcou um ponto de inflexão na história da IA. Esses modelos são treinados em vastos corpos de texto e são capazes de gerar linguagem humana de maneira coerente. Com as versões mais recentes, a IA não só responde, mas compreende e cria textos complexos, além de realizar tarefas sofisticadas.
O Futuro da IA
Outras inovações, como o Gemini do Google, combinam modelos de linguagem com outras formas de IA, capazes de processar texto, imagem e áudio simultaneamente. Essas tecnologias representam um avanço significativo em relação aos primeiros chatbots, oferecendo interações mais naturais e eficientes.