O governo da Argentina informou nesta sexta-feira, 25, que prorrogará por duas semanas as medidas sanitárias adotadas para enfrentar a segunda onda da pandemia de Covid-19. O novo decreto estabelece restrições à circulação de pessoas por regiões, de acordo com quatro situações de risco sanitário: baixo, médio, alto risco e alarme epidemiológico. O país também incluirá uma cota de entrada de 600 viajantes por dia para conter a disseminação da variante Delta. As medidas vão valer até o dia 9 de julho. Passageiros deverão fazer três testes PCR para entrar na Argentina: um antes de embarcar, outro na chegada e um terceiro no sétimo dia de permanência. Mesmo que o teste seja negativo, é preciso cumprir um isolamento de dez dias.
Aqueles que descumprirem o isolamento podem ser alvos de denúncias criminais e condenados a de seis meses a dois anos de prisão por violação de medidas contra pandemias e de 15 dias a um ano por desobediência à autoridade pública. A Argentina também vai manter as fronteiras fechadas para turistas estrangeiros. Voos vindos do Brasil, Reino Unido, Chile, Índia, Turquia ou países africanos continuarão suspensos. Em entrevista coletiva, a ministra da Saúde, Carla Vizzotti, disse que é necessário intensificar denúncias e sanções por descumprimento das medidas, pois apenas quatro em cada dez pessoas que entram no país cumprem o isolamento exigido. Desde abril, a Argentina enfrenta uma segunda onda de casos de covid-19, com um nível crescente de ocupação de leitos de UTI. Nas últimas semanas houve uma queda no nível de contágios diários, mas o país – que acumulou 4.374.587 casos e 91.979 mortes desde o início da pandemia – está alerta para o surgimento de novas variantes e não descarta uma terceira onda.
*Com informações da EFE